Como funciona?
Mas afinal, existe uma estrutura padrão nos processos de coaching? Um número mínimo ou máximo de sessões, um tempo determinado de duração em cada encontro, uma periodicidade ideal? Essas são algumas das dúvidas mais comuns entre aqueles que começam a se interessar pelo assunto e querem entender melhor a dinâmica de funcionamento.
Apesar de não existir nenhuma regra a respeito, o habitual é que o processo tenha de 10 a 12 sessões, com duração de uma hora a uma hora e meia. Se os encontros forem semanais, o que ajuda a manter um bom ritmo de realizações, a duração é de dois meses e meio a três meses. Mas evidentemente que, dependendo da disponibilidade de agenda do coachee, os encontros podem contar com outra periodicidade. Este período de três meses é adequado por possibilitar que todas as etapas sejam percorridas: entendimento do cenário onde o coachee está e de onde deseja chegar; compreensão do caminho a ser percorrido para que a meta seja alcançada; definição do plano de ação; caminhada/mãos à obra, efetivamente.
Coaching para empresas
No caso dos contratos corporativos, o formato pode variar, já que em geral são processos inseridos dentro de um projeto empresarial maior, que envolve diversas áreas e um propósito comum. Podem ser processos realizados, além de individual, também em duplas ou grupos, por exemplo, e ainda com outra periodicidade, conforme o cronograma próprio do programa.
As sessões podem acontecer presencialmente ou à distância, por meio de ferramentas eletrônicas como o Skype – o telefone não é muito utilizado, porque, neste caso, perde-se a riqueza do contato “olho no olho”. Claro que cada uma delas acumula prós e contras, mas em uma época em que as grandes distâncias e a escassez de tempo são uma constante, pode ser um alento pensar que não é preciso desistir do seu processo de coaching caso não tenha disponibilidade de data, hora e locomoção.
Para que as sessões fluam com naturalidade e sejam produtivas e proveitosas, é fundamental que exista conexão, empatia e confiança entre os envolvidos. Ao contrário do que se pode imaginar, as sessões contam com um roteiro. Não são encontros de “livre pensar” e “livre falar”. Afinal de contas, há uma meta traçada, certo? Esse roteiro a ser seguido é o plano de ação em sua versão “fracionada” – cada encontro é um passo rumo ao objetivo final.
Logo no início de cada sessão, é fundamental que o coach apresente ao coachee a estrutura daquela sessão. Mostre objetivo e ferramentas escolhidas, por exemplo. O que se espera e onde se quer chegar. Com o desenrolar do encontro, o coach pode propor reflexões e questionamentos, oferecer feedbacks, fazer intervenções pontuais, mas “poderosas”. Não é papel do coach responder aos seus próprios questionamentos, mas estimular a reflexão de seu coachee.
Caminho para o sucesso
Dentre os mandamentos essenciais para a boa atuação do coach, destacamos duas:
>>> Ausência de julgamento: não faz parte do seu escopo de trabalho determinar se as respostas do coachee estão corretas ou não segundo seu próprio ponto de vista;
>>> Confidencialidade: o trabalho de coaching é baseado em uma relação de confiança; os conteúdos trazidos em cada sessão pertencem ao coachee e não devem ser compartilhados. É uma questão de ética.
A organização e o engajamento são pontos cruciais para o sucesso do processo. Relatórios pós-sessão, por exemplo, são riquíssimos para o acompanhamento dos dois lados, bem como a indicação de leituras e tarefas a serem realizadas no período entre encontros, além do estabelecimento de “pequenas metas” a serem realizadas no período entre sessões, de forma a manter o ritmo e a motivação do coachee, que pode experimentar a evolução e vibrar com as conquistas a cada passo.
Como você pode ver, a dinâmica dos processos segue alguns parâmetros, mas há margem para adaptar conforme perfil, interesse e disponibilidade de agenda de cada um. Hora de avaliar qual o melhor formato para você!