Falar em inteligência emocional (IE) nunca esteve tão em alta. Entrou definitivamente na pauta quando o jornalista e psicólogo Daniel Goleman escreveu seu primeiro livro sobre o tema, em 1995, popularizando o conceito que já vinha sendo trabalhado no meio acadêmico.
Os pesquisadores Salovey e Mayer foram os responsáveis pela definição de inteligência emocional, que dividiram em quatro domínios: a habilidade de perceber com precisão, avaliar e expressar emoções; a habilidade de acessar e/ou gerar sentimentos quando eles facilitam o pensamento; a habilidade de entender as emoções; e a habilidade de regular as emoções para promover inteligência emocional e crescimento intelectual”.
Para Goleman, a inteligência emocional é a maior responsável pelo sucesso ou insucesso dos indivíduos. A afirmativa explica o excelente resultado de vendas de palestras e livros que tratam do assunto. Especialmente no universo corporativo, todos buscam entender como trabalhar essa capacidade tão valorizada atualmente e tão exigida entre profissionais que assumem funções de liderança.
De acordo com estudos do site de carreiras norte-americano CareerBuilder, 71% dos empregadores dos Estados Unidos consideram a Inteligência Emocional mais importante do que o QI (capacidade intelectual) na hora de contratar. Os motivos? Enxergam Inteligência Emocional como sinônimo de boa capacidade de interação interpessoal e de adaptação a ambientes e situações diversas; entendem que os profissionais que a possuem são colaborativos, empáticos e eficientes na resolução de problemas.
Inteligência Emocional, coaching e sua aplicação prática
É interessante notar, no entanto, como existe uma confusão quando se busca relacionar o conceito de Inteligência Emocional à sua aplicação prática. Há quem acredite que para liderar com sucesso e impor respeito seja necessário esconder as emoções, adotando uma postura fria e distante.
Mas o caminho é o oposto: nada de esconder as emoções, mas de conhecê-las tão a fundo a ponto de tomar consciência do que dispara o gatilho para determinadas reações, como raiva, irritação, impaciência, desprezo pela opinião alheia, euforia, arrogância, prepotência. Ou detectar em que situações o nervosismo e o medo impedem a sua evolução. Com esse diagnóstico, é possível trabalhar no gerenciamento das emoções para que o indivíduo evite agir por impulso ou de forma desproporcional em determinados contextos e ganhe condições de lidar melhor em momentos de pressão e conflito.
A prática do coaching está diretamente ligada à busca pelo autoconhecimento com foco no desenvolvimento pessoal e profissional. O coach pode apoiá-lo neste mergulho: conhecer, entender e gerenciar as emoções com inteligência pode ajudá-lo a vencer limitações e ganhar confiança na tomada de decisão.